segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Fala sério que você que caiu no conto da mudança ainda acredita que essa turma é bem intencionada

 

Chororô e nhenhenhém

O prefeito de São Luís, Edivaldo Júnior (PTC), mandou publicar no fim de semana declarações dele manifestando “surpresa” com o programa eleitoral de sexta-feira da coligação “Pra Frente, Maranhão”, que recordou a campanha eleitoral de 2012, ao longo da qual o comunista Flávio Dino, hoje candidato a governador, o apresentou como “a mudança”, prometendo que ele revolucionaria a administração de São Luís. O prefeito reclama que o programa foi “deselegante, raivoso, desrespeitoso e agressivo”, como sendo um ente político acima de tudo e de todos, imune a críticas, podendo fazer as trapalhadas que fizer no comando de uma cidade que abriga hoje mais de 1 milhão de habitantes e muitos problemas a desafiar sua gestão até agora pífia. O programa da coligação “Pra Frente, Maranhão” interpretou rigorosamente os fatos, para mostrar que, se a mudança prometida por Dino tiver a atual administração de São Luís como referência, o Maranhão - que hoje tem gestão pública firme e rumo econômico promissor - poderá embicar uma reviravolta cujas consequências são imprevisíveis. O prefeito Edivaldo Júnior não foi desrespeitado nem agredido. Foi, sim, responsabilizado, juntamente com seu mentor, Flávio Dino, pela gestão nada elogiável que faz na Prefeitura da maior e mais importante cidade do Maranhão até aqui. Numa frase de efeito já batida, que os fatos e o tempo já desmoralizaram, Edivaldo Júnior diz que “o Grupo Sarney penaliza a população de São Luís para atingir Flávio Dino”. E reclama que, além de não firmar convênios - ou seja não repassar-lhe dinheiro vivo - o Governo do Estado “nada faz” por São Luís. Vale a indagação: Avenida IV Centenário, Via Expressa, Espigão Costeiro, Hospital de Câncer, Hospital Carlos Macieira, duplicação da Avenida Hilton Rodrigues, Anel Metropolitano, duplicação da capacidade do Italuís, cinco restaurantes populares e investimentos fortes em segurança, entre outras obras de menor porte não valem, ou o prefeito está falando de outra cidade? O bom senso recomenda que o prefeito Edivaldo Júnior crie juízo, encare a realidade como ela é, deixe de nhenhenhém e comece de fato a administrar a 15ª maior cidade do país e detém o título de Patrimônio Cultural da Humanidade.


Incrível, não?
O prefeito Edivaldo Júnior se mostra indignado com “o uso político” do Sindicato dos Professores, como se a imagem de professores acorrentados não pudesse ser mostrada. Na sua campanha, Edivaldo Júnior foi para o horário eleitoral na TV mostrar-se horrorizado porque naquele momento os professores de São Luís estavam em greve “há 70 dias”. Sob sua responsabilidade, os professores estão de braços cruzados há 102 dias.

Não é Maranhão?!
“É lamentável que o debate eleitoral tenha perdido o foco do interesse público”, declarou o prefeito na entrevista que mandou divulgar. Vale indagar: os problemas de São Luís não são de interesse público? Ou São Luís não pertence ao Maranhão? E mais: se o debate eleitoral perdeu o foco, o candidato dele, o comunista Flávio Dino, está na contramão da realidade e prometendo o que não deve.


Repasse ilegal



E entre muitas outras “pérolas”, Edivaldo Júnior “denuncia” que a Prefeitura de São Luís é obrigada a pagar 20 parcelas de R$ 2 milhões ao Governo do Estado. Vale uma explicação: trata-se da devolução, por ordem judicial, de R$ 40 milhões repassados pelo Governo do Estado à Prefeitura de São Luís em 2009. O repasse foi feito pelo então governador Jackson Lago quando já estava cassado e não mais podia autorizar nenhum recurso financeiro.

Um comentário:

Anônimo disse...

Nossa, qual seu nome, Roseana Sarney?