sábado, 25 de outubro de 2014

Vocação natural para diversificação energética traz vantagens ao MA

Além das hidrelétricas e do petróleo e gás, há grandes possibilidades nos campos eólico, solar e de biomassas.

 

Foto: Arquivo
Ricardo Guterres destaca potencial
 
A grande vantagem do Maranhão, segundo avalia o secretário Minas e Energia, Ricardo Guterres, é a possibilidade de produção de energia elétrica por meio de matrizes diversificadas. Além das hidrelétricas e do petróleo e gás, há grandes possibilidades nos campos eólico, solar e de biomassas.
“As energias eólica e solar abrem grandes possibilidades de investimentos, geração de empregos e negócios em municípios carentes do Maranhão”, afirmou.
O subsecretário de Minas e Energia, Francisco Peres Soares, reforçou a vocação natural para produzir energia de forma diversificada por meio de um potencial hidrelétrico inexplorado, bons ventos, grande irradiação solar, alta variação de marés e biomassa. “Somos um celeiro energético muito promissor”, disse.
Com relação a biomassas, as perspectivas apontam para o aproveitamento de resíduos de madeira, na área rural, e de lixo do meio urbano, para a produção de energia. “São energias limpas e processos produtivos que ajudarão a preservar o meio ambiente”, explicou Ricardo Guterres.
O volume de biomassa é equivalente à quantidade nacional produzida de fibras resi-duais de coco, café, fumo, algodão, milho e sorgo, e seria suficiente para gerar 150 mil empregos no setor de geração de energia.
Na área de hidrelétricas, há cinco projetos para instalação de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH) no Rio Parnaíba e mais dois no Rio Tocantins. “As PCHs são ótimas para gerar energia não só para a linha nacional de transmissão de energia, como para pequenas comunidades e regiões”, assinalou Guterres.
Hoje, Ricardo Guterres e pesquisadores, como o professor da área de energia renovável do curso de Engenharia Elétrica da UFMA Osvaldo Saavedra; e Sofiane Labidi, do curso de Ciências da Computação, também da UFMA, e presidente da Academia Maranhense de Ciências, apostam na criação das condições tecnológicas, recursos humanos e infraestrutura como caminhos para consolidar o Maranhão como exportador de energia sustentável.

Matriz oceânica - Osvaldo Saavedra chama a atenção para o fato de o Maranhão ser um estado com capacidade para produzir energia a partir da matriz oceânica. Pesquisador nesta área, há anos, ele tem proposta aprovada no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) para um projeto de uma usina maremotriz na Barragem do Bacanga. “A reforma da barragem já incluiria a instalação das turbinas”, explicou o pesquisador. Para ele, o Maranhão reúne todas as condições para a produção de energia oceânica, gerando de forma pioneira tecnologia e mão de obra especializada nesse ramo do saber científico.
Para Sofiane Labidi, é imprescindível, no momento em que o Maranhão é a ‘bola da vez’ que os governos trabalham unidos com os centros de pesquisas. “A Secretaria de Minas e Energia teve esse mérito, de se aproximar das academias, para planejar sua forma de atuação”. Na área de recursos humanos para o setor, ele lembrou que já existe um mestrado e um doutorado em engenharia elétrica no Maranhão. “Falta formação de pessoal para trabalhar com energias alternativas”, afirmou.

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